terça-feira, dezembro 23

Vou-me embora para Pasárgada. Ou qualquer outro local, Persa ou não.


Olá caros leitores que não me estão lendo. Sim, achei uma nova definição para não-leitores. Mas é a primeira que única vez que vou utilizar-me de tal adjetivo.

Digo primeira e única pois não creio que escreverei-lhes mais neste blog. Nem em outros. Motivo? Mamãe me ama muito e quer que eu dedique tempo integral ào nosso amor. Então passarei agora meus dias cortando grama, juntando folhas, cuidando do jardim, da louça, e nas horas de lazer vou assistir mais à novelas, telejornais e aos fins de semana vou ao shopping olhar coisas que não posso comprar e vou ir a missa aos domingos. Sim, sim. Já que lhes escrevo atualmente do notebook de mamãe pois meu computador encontra-se dentro do roupeiro e como decidi mudar de vida tenho de vendê-lo o mais cedo possível.

Então, caros leitores, não esperem que eu lhes escreva muito em breve, pois vou assassinar o resquício de criatividade e crítica que ainda me resta. Posso voltar aqui alguns dias, algumas semanas, alguns meses. Mas se chegar à este último poder deletar meu blog de seus favoritos, se é que ele está lá.

Muti brevemente estarei comemorando o nascimento de Jesus, e dois dias após, o meu. Então me desejem felicidades, e deixo aqui minha despedida enquanto procuro uma imagem para postar como acompante desta postagem.

Cruj Cruj Cruj Tchau.

quinta-feira, dezembro 18

Pseudocultura Vigoréxica


Olá senhores não-leitores.
Dia desses falei que estava lendo um folheto do "Natal Luz" e deu-me uma vontade de críticar a cultura da sociedade atual. Bem, além de render-me um belo post nonsense e nada inspirado, render-me-á um pouco de crítica publicável neste post que escrevo-lhes agora.
Bem, o caso é que, estava eu lendo o tal folheto e dei-me conta de tamanha decadência na programação cultural vem minha região sofrendo. Passando meus olhos pelo bonitinho folheto fui lendo a programação. Chegada do Papai Noel, missa de não sei o que, show de não sei quem...
Chegada do Papai Noel? Sim, claro, vamos ver o bom velhinho gastar o nosso dinheiro dos impostos descendo do helicóptero e subindo os gastos com presentes para celebrar o aniversário de um árabe baixinho e cabeludo. Falando nisso, sempre pensei que se Jesus existe ele deve estar "puto dos cornos" com os católicos. Ponhamse no lugar do cristão: Todo ano, no dia do seu aniversário (ou seja lá o que for que comemoram) as pessoas enchem as lojas para comprar milhares, milhões, bilhões de presentes. Ótimo! Magnífico! Você é a pessoa mais importante do globo terrestre! Mas veja bem, ao fim do dia, elas dão os presentes umas às outras. Como é?
Voltando ao assunto, após gastar o salário dos 8 meses de trabalho árduo (ou não), é uma alegria só, todos celebram a vida de cristo nosso rei. Temos feriado, dia de folga, ganhamos um monte de presente supostamente vindos do velho obeso mórbido e barbudo com as cores da coca-cola que desce pela nossa churrasqueira.
Pois bem, após celebrarmos várias missas en honra ao todo poderoso, vamos ao centro da cidade, pedir presentes ao papai noel, passear no trem dos escoteiros e assistir à shows de bandas que tocam os mais novos sucessos populares pseudoculturais com letras maliciosas e/ou pornográficas. Em geral é assim que comemoramos o natal. Fim de ano não é nada muito ignorante, por isso ovu deixar com vocês a opinião sobre tal evento.
Diante de tais eventos que acontecem todo ano e ao som de umas músicas emogélicas na Assembléia de Deus aqui ao lado, só me vêm à cabeça um pensamento:
Estamos voltando ao tempo em que a massa muscular é mais potente que a massa cinzenta.

Passar bem.
Cruj Cruj Cruj Tchau.

P.S.: Nenhum panfleto de natal foi ferido durante a produção deste post.

domingo, dezembro 14

Superman versus Hiperlink



Olá queridos (melhor que caros, que aliás não concorda semânticamente já que nem pagando vocês leriam isso) não-leitores do meu blog não-útil e não-popular.
Ao longo do tempo certos eletrodomésticos, eletroeletrônicos e outros eletro's foram mudando radicalmente o modo de vida das gerações que presenciaram a ascenção dos mesmos. Seu bisavô jogava bola-de-gude quando tinha tempo de folga depois de trabalhar na lavoura, seu avô jogava peão ouvindo o rádio, seu pai brincava de playmobil e via tevê quando podia, e você?
Neste início de século estamos numa das transições que eu citei acima. Eu não sabia mexer no computador aos 8 anos de idade, passava as horas vagas jogando futebol ou vendo Tom e Jerry na tevê.
Hoje em dia quando vou quinzenalmente visitar meu pai aos fins de semanas me deparo com a seguinte situação: Meu pai assistindo tevê e meu irmão de 4 anos me pedindo pra assistí-lo jogando GTA, ou The Sims 2, e de vez em quando dar uma olhada no seu orkut, chegar seu buddy poke.

Onde estão os heróis os quais minha geração tanto aclamou ao assistir seus épicos filmes, cartoons, ou até jogos no então emergente PlayStation 1? Onde estará a diversão que tinham nossos pais e avós em brinquedos materiais, e muitas vezes simples, não apenas digitais como se vê hoje em dia? Quem será que está errado, os antigos que defendem as fontes de lazer educativo e saudável ou as novas gerações que defendem a globalização e o avanço tecnológico nos brinquedos infanto-juvenis?

Outra questão é a terceira idade nas redes de relacionamento, mas isso eu vou tratar eu um outro texto, num futuro próximo (talvez futuro do pretérito, se não lerem aqui) se minha procrastinação permitir. O texto vai chamar-se algo como "Terceira geração e a terceira idade", ou não?

domingo, dezembro 7

Criticativo do Presente Imperfeito.


Olá caros não-leitores.
Hoje estava eu lendo a programação cultural do "Natal Verão" quando me veio à cabeça aquela idéia chata de escrever aqui no blog criticando. Adoro fazer isso, as pessoas às vezes me perguntam porque eu faço isso, por eu sou tão desagradável. Bem agradáveis elas, mas vamos em frente. Eu faço isso, eu critico, eu falo mal, não porque sou um socialista revoltado ou um desempregado que passa fome. Mas porque eu não simplismente me contento com a situação atual e sigo minha pacata vida deixando passar tudo. Eu busco à fundo os podres da humanidade/sociedade. Eu sei que os textos geralmente ficam uma merda, mas é isso que é a sociedade em que vivemos, nossos hábitos, é tudo um grande monte de bosta verde e fedida. Parece engraçado, parece nojento, mas é a verdade.
Não falo que tudo é imperfeito, não. Temos coisas ótimas no nosso comportamento e na nossa sociedade. Mais exatamente, temos resquícios de coisas boas. Mas, nada é perfeito, e nada é completamente certo assim como nada é completamente errado. Como diria Paulo Coelho: "até um relógio parado acerta duas vezes ao dia".

Afinal, ninguém é perfeito.
Prazer, Sr. Ninguém.


p.s.: Estive pensando (Steve Wonder) em mudar o endereço do blog para algo menos inútil e mais legal, o que acham? Vou pensar em alguma coisa e faço uma enquete.
Comentem aqui.

segunda-feira, dezembro 1

Sobre Donatellos, Donatellas, Floras e Faunas.


Olá caros não-leitores. Agora mais que nunca esse adjetivo esta sendo corretamete utilizado visto que ninguém mais aparece por aqui há tempos. Daqui a pouco meu blog vai parar na lista de blogs em extinção, seja lá como se escreve isso.
Estou eu atualmente na minha última (e tediosa) semana de aula. Calor infernal, sala lotada, resultados finais. Ô beleza, agora é só esperar dia 18 pra fazer a recuperação e sair do colégio de uma vez por todas.
Bem, sem mais delongas, vamos às milongas, digo, ao assunto. Diante de tal tédio que me traz esta semana, encontrei-me hoje vendo novela. Poisé, eu, vendo novela. Novela é uma coisa meio estranha. Novela é o resultado da idéia de um diretor gordinho e barbudo fanático por religião e que tem sonhos eróticos. Juntando todas suas idéias o diretor gordinho e barbudo coloca-as no papel e manda para uma empresa que faz seus sonhos eróticos virarem realidades. Nunca soube de onde a tal empresa tira dinheiro e porque diabos ela constrói casas falsas e sem teto pra depois destruir tudo, mas isso não vem ao caso.
Geralmente é assim. Temos uma moça muito inocente que mora com seus pais e tem duas irmãs, uma santa e outra do mal. Certo dia a tal moça vai dar uma volta na praça e esbarra com um jovem simpático e de topete extremamente ajeitado, que inutilmente tenta se comunicar com a moça, mas eles apenas permanecem imóveis, se entreolhando, e ambos balbuciam algumas palavras ininteligíveis e vão para suas casas onde passam a noite inquietos pensando no seu amor inocentemente.
Os dois se encontram mais e mais vezes até que acabam se beijando e ficam juntos vivendo momentos utópicos e românticos com falas decoradíssimas e de amor mui profundo. Eis que surge um vilão invejoso que quer a todo custo acabar com a relação dos dois.
O tal vilão faz de tudo para separá-los. Bola planos superinteligentes que dão supercerto e ele acaba ganhando. Porém num último gesto, no ápice do auto-sacrifício para o bem do amor divino. O mocinho toma coragem e acaba com o violão, digo, vilão, e manda-o para as profundezas do inferno.

Eu não vejo graça nisso, é tão igual, é tudo igual, é sempre igual. Sempre torci para os violões, digo, vilões. São eles quem usam a lógica para atingirem objetivos inatingíveis. Mas são sempre culpados.
Na vida não há vilões nem mocinhos. Na vida somos todos vilões, somos todos mocinhs e mocinhas. Não há tal maldade presente nos sonhos eróticos dos gordinhos barbudos, assim como não há tal inocência.
Se algum dia vocês virem alguém tão santo quando a Aspirante à Tartaruga Ninja (Donatella), ou tão mal quanto a Couve-Flora. Aí sim vocês podem me chingar e me acusar de rejeitar a sublime existência do amor verdadeiro.
Eu acredito no amor pois amo. Mas esses gordinhos barbudos não me enganam. Enganam?
Cruj Cruj Cruj Tchau.

E não esqueçam de assistir às desventuras em série de Donatela, a solfredora.
"Você quis dizer: Donatello "

domingo, novembro 23

Linden...alguma coisa.


Olá caros não-leitores (de volta a esse posto, já que não deram mais sinal de vida nem de reclamação). Escrevo-lhes hoje neste domingo chuvoso da Ilha de Santa Catarina, onde me encontro atualmente, como posso dizer, alagado.

Poisé, alagados Trenchtown, favela da maré. Essa quase uma semana de chuva remeteu à essa triste condição atual.

Uma coisa que me passou pela cabeça quando, ao tentar voltar pra casa pela BR-101 e ser imterrompido por deslizamentos na estrada, foi uma comparação pitorescaque supera os limites da lógica Aristotélica. Parece deveras nonsense mas esse ocorrido foi como o caso do Lindenberg, ou seja lá qual for o nome da criatura. Vamos aos fatos: Linden, o grande vilão, é a chuva, o mar, os rios, e todo o resto que é feito de água; As duas menias seriam a terra e a ilha.

As pretipitações pluviométricas (bras.: chuvarada), enfurecidas com os constantes danos que os habitantes da terra e da ilha causam à sua pele, atmosfera, decide vingar-se, seqüestrando-lhe parte de seus litoral. A ilha, apesar de num primeiro momento ter sido seqüestra juntamente com a terra, consegue libertar-se, sofrendo pequenos danos. Porém a terra, a principal fonte de sentimento vingativo de dona água, sofreu danos irreversíveis. E esses danos que me remeteram a escrever esse texto inútil, vamos à parte crítica.

Ambos os casos, tanto o seqüestro (eu sei, eu sei, mas eu acho a trema tão bonitinha *-*) quanto a minha comparação nonsense trouxeram à tona o despreparo dos órgãos públicos. O seqüestro, mostrou o despreparo da polícia em relação à casos complexos como esse. E o desastre natural, o despreparo da defesa civíl (tiopês: dfeëza ssiviü) quando se trata se problemas sérios, e não falta de luz ou uma poça d'água de 30cm.

Sem mais delongas, o caso é que, no sequestro, o despreparo teve como consequencia a morte da adolescente (tudo bem que ela era envolvida nos 'negócios' do Linden, mas não é para tanto), e no desastre, as consequencias foram a mote de mais de 11 pessoas, a interrupção de várias rodovías, e a mais caótica delas: A produção deste texto.




Cruj Cruj Cruj Tchau.

terça-feira, novembro 18

Inutilidade agora também em forma de música.

Como prometido, aí está, caros não-leitores, o link para download de minha música.
Com gravação de Lony Rosa e Lise, a música denominada "Teu Sorriso" foi composta por mim em 2005.
http://rapidshare.com/files/165426887/Teu_Sorriso_comp_Yuri_V_P_int_Lony_Rosa__e_Eliza.mp3.html

Divirtam-se.

Edit: Tem também um vídeo pra quem não quiser baixá-la:

segunda-feira, novembro 17

A que ponto chegamos?





















Teve um déjà vu ao ler a frase-título?
Poisé, essa frase é deveras conhecida pelo fato de ser utilizada quase sempre que alguém vê-se na obrigação de fazer um texto crítico de qualquer natureza. Geralmente utilizada para expressar descontentamento com o estado social do meio onde se vive, é uma frase mais comum que os bordões zorra totalísticos. Falando neles, vamos ao próximo parágrafo.
Então, meu caros não-leitores do meu blog não-útil e não-visitado, vou demonstrar meu descontentamento também, de modo que eu possa usar a famosa frase-título.
Dia desses foi-me requisitada uma redação tendo como tema "Os valores morais na sociedade atual", ou algo no gênero. Depois de muito tempo pensando, não me veio à cabeça nenhuma idéia de valor moral. Não que eu não os tenha, mas nunca havia antes pensado sobre o que são e qual seu estado nas nossas vidas atualmente.
Em consulta ao pai dos burros (foi um Circulinho duodecaênio) tive a definição de valor como qualidade; importância e de moral como relativo aos princípios do bem e do mal. Bem e mal? O que seria bem e mal? Pensei com meus borbotões (no melhor estilo Saltimbancos). Será mesmo que os conceitos que temos de o que faz bem e o que faz mal são mesmo verdadeiros? E será que há algum verdadeiro? São muitas perguntas, que deixo em aberto para que suas cabeças ocupem-se com pensamentos úteis ao invés de lerem textos de ninguém, que por sinal sou eu.
Mas bem, acabei não fazendo a redação pois tinha um limíte de 25 linhas e eu não faço a mínima idéia de como escrever o que penso nesse limite. Como diria aquela expressão engraçada de propaganda de Elma Chips, eu viajo muito na batatinha.
Voltando aos valores morais, volte ao resto da frase-tema. "Na sociedade atual". Quais seriam as tais qualidades relativas aos princípios de bem e mal na nossa sociedade? Pois lhes-digo, caros não-leitores, que na minha opinião, não há valores morais públicos. Temos apenas valores morais pessoais ou no máximo familiares, das poucas famílias tradicionais que nos restam com a maldita concentração populacional urbana.
Hoje em dia cara um pensa de um jeito, cada um valoriza o que acha certo e reprime o que acha errado. Não que isso não seja bom, aliás é ótimo ter essa liberdade. Porém nem sempre essa liberdade é boa. Como diria Sara: "Não confunda liberdade com libertinagem, liberdade é andar por entre as leis.", se é que me recordo bem.
O que acontece então é que estamos, alguns de nós, confundindo os dois termos. Estamos desgraçando o resquício de controle moral e respeito que nos resta, dando espaço à violência e à corrupção.
Por outro lado temos os conservadores que desprezam qualquer tipo de liberdade, confundindo-a com libertinagem. E sabe como os tais conservadores demonstram sua aflição e desgosto diante das idéias de liberdade (e não as libertinas)? Eles desprezam os livres e escrevem textos críticos geralmente utilizando-se, para expressar seu descontentamento para com a sociedade atual, de uma frase bem conhecida.

A QUE PONTO CHEGAMOS?

Procrastino e Proscretino.


Olá caros-(talvez)não leitores. Como ainda não arranjei a tal lista de adjetivos melhores vou continuar chamando-lhes assim. Tomem isso como um bordão (palavra engraçada) característico desse blog não-útil que sua pessoa se encontra lendo, ou não. Enfim, tomem esses bordões como aqueles bordões de Zorra Total, que apesar da palavra ser engraçada, não tem graça nenhuma e são só um ciclo vicioso (Circulo vicioso, segundo a Sarah).
Após este pequeno desvio de foco (bras.: viagem na batatinha), focar-me-ei em informar-lhes o que tenho em mente, ou seja, nada.
Estava pensando há pouco sobre o que falar depois dessa semana longe de meu blog, devido à maldita procrastinação. Procrastinação, palavrinha chata que me veio à cabeça novamente. Como já lhes-foi citada em dois outros psots mais antigos, vocês já devem ter lido tal palavra (ou não, seguindo à risca o meu bordão zorratotalesco).
Procrastinar é, segundo o pai dos burros (vulgo dicionário) ato ou ação de 1. Adiar 2. Usar de delongas em algum negócio. Compreenderam? Creio que sim, mas vou simplificar as coisas que papai dificultou.
Procrastinar é deixar para depois o que se tem de fazer agora. O procrastinador sabe que tem tarefas, compromissos, ou algo do gênero a ser cumprido, porém perde o foco e acaba deixando tudo, TUDO, para a última hora. Procrastinar significa fazer depois ou deixar para depois. Não é o mesmo que preguiça. Preguiça é aversão ao trabalho (ou mamífero desdentado, segundo o Luft), é não querer fazer a obrigação. Procrastinar é, diga-se de passagem, querer, porém deixá-la para mais tarde.
Em tempos de internet, a procrastinação tomou proporções faraônicas. Quem em sã consciência mental preferiria fazer algo tedioso à conectar-se com um mundo de informação e diversão que está ao seu alcançe? Alguns workaholics talvez, mas não eu.
Enfim, sem mais delongas, para evitar a procrastinação, encontre algum fator divertido no que se tem de fazer, e não fique pensando que deveria estar fazendo, faça.
Por hoje é tudo pessoal.
Ou talvez não, não sei, é tão legal escrever aqui e não ter de ler o jornal de geografia, não sei, acho que escrevo mais alguma coisa.
D:

"A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda."
Mário Quintana

segunda-feira, novembro 10

Eu, passarinho.

Poeminha do Contra (Quintana)

Todos esses que aí estão
atravancando meu caminho,
eles passarão...
eu passarinho!


Soneto de Fidelidade

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinícius de Morais

A Partida (Vinícius)

Quero ir-me embora pra estrela

Que vi luzindo no céu

Na várzea do setestrelo.

Sairei de casa à tarde

Na hora crepuscular

Em minha rua deserta

Nem uma janela aberta

Ninguém para me espiar

De vivo verei apenas

Duas mulheres serenas

Me acenando devagar.

Será meu corpo sozinho

Que há de me acompanhar

Que a alma estará vagando

Entre os amigos, num bar.

Ninguém ficará chorando

Que mãe já não terei mais

E a mulher que outrora tinha

Mais que ser minha mulher

É mãe de uma filha minha.

Irei embora sozinho

Sem angústia nem pesar

Antes contente da vida

Que não pedi, tão sofrida

Mas não perdi por ganhar.

Verei a cidade morta

Ir ficando para trás

E em frente se abrirem campos

Em flores e pirilampos

Como a miragem de tantos

Que tremeluzem no alto.

Num ponto qualquer da treva

Um vento me envolverá

Sentirei a voz molhada

Da noite que vem do mar

Chegar-me-ão falas tristes

Como a querer me entristar

Mas não serei mais lembrança

Nada me surpreenderá:

Passarei lúcido e frio

Compreensivo e singular

Como um cadáver num rio

E quando, de algum lugar

Chegar-me o apelo vazio

De uma mulher a chorar

Só então me voltarei

Mas nem adeus lhe darei

No oco raio estelar

Libertado subirei.


Longo e Inútil.



Olá novamente meus queridos (talvez)não-leitores. Venho hoje nessa segunda-feira escrever-lhes mais um texto inútil para ocupar seu tempo vago. Aliás, eu adoro segunda-feira, pois é o dia da semana que está mais distante da outra segunda, mas não vêm ao caso. Não vou falar novamente de dias da semana para não ficar muito repetitivo, e também porque a procrastinação invadiu-me a mente e adentrou ao meu desgastado poço de criatividade, e não há jeito de tirá-la de lá.
Então, pra não falar de segunda, vamos ao assunto de hoje, que por sinal é segunda.
Sábado depois de falar um pouquinho do sábado, aqui mesmo, eu entrei novamente naquele programinha do bonequinho verde que pisca e a Lu veio falar comigo. Para acabar temporáriamente com a minha humildade, ela veio me dizer que eu escrevo muito bem, com palavras bonitinhas (gosto deveras exótico achar um monte de riscos criados por homens da antiguidade que utilizamos para escrever o que sai de nossos conjuntos de neurônios, mas como diz aquele ditado infame que não vou postar aqui pra preservar a santidade dos não-leitores, digamos assim). Ela acrescentou também que eu sou o sonho da professora de redação dela e perguntou-me como fazer (do tiopes comofas) para escrever "bonitinho".
Escrever bonitinho? "comofas/". Nem eu mesmo sei. Na minha opinião não escrevo bonitinho porcaria nenhuma, mas, se os leitores dizem, fazer o quê?
Não me veio nenhuma resposta à cabeça no momento, e só o que saiu de meus dedos pequenos e estremamente estranhos nas junções, por sinal, foi quase que se tivesse baixado um Paulo Coelho. Comecei a falar pra ela ler mais e praticar mais, bem no estilo de auto ajuda do nosso queridissíssimo Paulo, diga-se de passagem.
Enfim, mesmo não me agradando muito esse modo de escrever dando conselhos, vou aconselhá-los, meu caros não-leitores (hora de procurar por adjetivos novos no "pai dos burros", vulgo dicionário). quando me refiro à aconselhá-los pode lhes vir à cabeça: "O que esse inútil quer agora? Dar lição de moral? Aconselhar sobre o que?". Acho engraçado como todos que escrever sobre como será a reação dos outros refere-se grosseiramente a si mesmo, mas sem pormenores: O conselho que quero dar-lhes é sobre a leitura. Como eu diria grosseiramente a mim mesmo: "Leitura? Não, lá vem ele com aquela conversa de professor chato de português! D:".
Poisé, mesmo parecendo conversa de professor de português, eu vou seguir adiante.
Ler é o único jeito, dona Lu Dodde, de aprender a escrever. Mas não digo, escrever "bonitinho". Digo escrever o que você realmente quer, ser objetivo, crítico e até incômodo como eu. Escrita é uma das maiores invenções do homem. Se não fosse a escrita hoje em dia estariamos tentando descobrir como fazer fogo, até aprendermos e enfim morrermos, iniciando novamente um ciclo vicioso a seguir-se por várias gerações, se é que me entendem.
Escrever é registrar pensamentos, emoções, descobertas, tudo o que se passa. Fazendo assim de seus ideais algo eterno, mesmo que sua integridade física esteja decomposta em um caixão de madeira à sete palmos abaixo do chão.
E é por isso, não-leitores, que ler e escrever são importantes. Além da liberdade de poder expressar-se sem medo, de pôr pra fora seus pensamentos, ideais, esses dois verbos te trazem melhoras como pessoa, fazem de você uma pessoa melhor e mais culta, coisa muito rara nestes tempos em que a massa muscular volta a dominar a cinzenta.
Sem mais delongas, quero recomendar-lhes alguns livros e autores, e por fim, no próximo post, postarei uma poesia.

Livros:
Mensagem Para Você - Ana Maria Machado
Estrelas Tortas - Walcyr Carrasco
Assassinatos na Academia Brasileira de Letras - Jô Soares
Adeus, China. - Li Cunxin
Venha Ver o Pôr do sol e Outros Contos - Lygia Fagundes Telles
Comédias Para Se Ler Na Escola - L. Fernando Veríssimo
Incidente em Antares - Érico Veríssimo

Poetas:
Mário Quintana
Carlos Drummond
Vinícius de Moraes
Fernando Pessoa
Pablo Neruda

Entre muitos outros. Leiam.
Cruj Cruj Cruj Tchau.

Segue abaixo um trechinho do livro da Ana Maria Machado que eu achei interessante:

Chega de conversa
Pó pará com essa mania
Monte de palavra,
Alto som e cantoria.
Se ninguém ler nada,
Tudo vai sumir um dia.
Se não ficar escrito,
De que vale a poesia?


sábado, novembro 8

Cachimbo de ouro, bate no touro. (e assim por diante)


Olá caros não-leitores.
Minha onda de não inspiração continua e tem uns impertinentes encomodando naquele bonequinho verde que fica piscando aqui embaixo, então não me culpem se o que eu for escrever não for do seu agrado.
Ontem falei sobre o McCain. Coitado do gorducho, ele não tem culpa de ser tão tradicionalista e rancoroso, mas não vêm ao caso.
Poisé não-leitores (quase certeza que meu blog agora é monolido, mas só quando a pessoa tem tempo de ler, o que acontece raramente), hoje é sábado. Sábado é um dia engraçado, é nesse dia que acabam as "feiras" da semana inteira. Sábado não rima com pé de cachimbo. Aliás Sábado não rima com nada. Sábado é o dia em que ficamos o dia inteiro vegetando e saímos à tarde ou à noite pra ir à alguma festa ou ir comer alguma coisa pra dar um fim trágico à estabilidade semanal do nosso organismo e passarmos o domingo reclamando e assistindo o gordão na tevê. Ô loco meu! O nosso glorioso sábado é como comer um BigMac. É apenas um prazer instantâneo. Acha-se ser a melhor coisa do mundo, mas só traz mal-estar e preguiça. Portanto, trate de acordar cedo no próximo sábado porque dormir demais também é um BigMac. Pegue sua barra circular e vá dar uma voltinha na praça da Igreja para admirar o mato do belo jardim paroquial e deliciar-se com a visão magnifica de pessoas de idade avançada gastando a aposentadoria com o dízimo.
Contradição Postual: Sábado rima com cágado.
Cruj Cruj Tchau.

http://br.youtube.com/watch?v=ZEmaSKxuuX8&NR=1

sexta-feira, novembro 7

Voltando ao lado crítico.


Olá meus caros não-leitores do meu blog não-útil e não-atualizado.
Estou sem inspiração pra escrever qualquer coisa sobre qualquer assunto, então venho só atualizar isso aqui pra não decepcioná-los. :)
Ontem ganhou o Obama (acho que foi ontem, não lembro) nas eleições presidencias dos EUA (bras.: istêits). Eu achei bom, tava torcendo pra ele ganhar. Não por ele ser o super salvador da economia mundial e o novo Martin Luther King (aliás nem sei muito sobre ele, não posso afirmar nada), mas pelo McCain.
Jhon Sidney McCain (bras.: João Sydney Mé quem?), nosso querido velhinho com traços Hamtarescos, nasceu na Zona do canal do Panamá. Já ouviram falar? (lendo-se 'falá' rima com o local onde ele nasceu. D:) Nem eu. (rimou :D)
Poisé, Nosso amiguinho Zonista canalista Panamenho, desabrochou desse local desconhecido pela humanidade para popular o então emergente amontuado de estados (istêis) e vir a ser recrutado para servir às forças armadas. Já na guerra do Vietnam (nunca entendi esse nome), Mé quem? foi torturado e preso, depois de seu avião ter sido 'derrubado' por Vietnamitas (muito menos esse).
Que belo exemplo temos então, caros não-leitores. Um republicano de sete décadas de história, com bochechas de Hamtaro e ex-prisioneiro de guerra. Para substituir o já conhecido (e deveras odiado) George W. Bush (acho que o W é de War). Outro republicano de cabelo à là Bonner, cara enrugada e olhinho caído, que adoooora uma guerra e joga War desde o útero da mãe, quando conquistou toda a placenta jogando contra seu cordão umbelical (Seja lá como se escreve isto).
Parabéns Barack Hussein Obama. Apesar desses seus dois sobrenomes asio-terroristas, eu acredito que Vossa Carequeza possa fazer algo pela economia decadente e pelo preconceito racial. Terminarei mais um post inútil de um blog inútil e não-lido com uma frase de Bob. (É, esse Bob mesmo)

"Em quanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos havera guerra.
Bob Marley"

Cruj Cruj Tchau.

P.S.: Sim, geralmente as fotos são desconexas.

segunda-feira, novembro 3

Poema Barroco (e deveras duvidoso)





Num retrato me faço,

Num brinquedo brinco,

Num trem fico,

Num lugar me sinto,

Pela estrada passo,

Num vale ou pico,

Num quadro pinto,

Uma paisagem,

Uma passagem,

Passagem decidida,

Talvez o fim da vida,

Talvez sim,

Talvez não,

Quem sabe?

Quem pode?

Quem decide?

Eu.

Eu sei, eu decido.

Se quero, posso.

Se quero, pinto.

Se quero, brinco.

Se quero, passo.

Passagem.

Talvez morte.

Se quiser passo agora,

Pra frente não decido,

Aqui, agora.

Talvez sim, talvez não.

Melhor é aproveitar.

Aproveitar e esperar.

O trem da vida passar.

Sem direção, pra onde ir, voltar.

Carpe Diem?





Poema Barroco, por Yuri V. Pinto.

2º Post Inútil.



Olá caros amigos não-leitores (Talvez tenha ao menos um leitor hoje aqui, se eu tiver uma sorte faraônica, diga-se de passagem).
Hoje vou-lhes falar sobre o amor.
Bem, vocês devem estar pensando, meus caros não-leitores (já deve ter dois leitores neste momento, msn funciona.) o que é que eu, um simples colifeto fecal como já diz minha descrição no cantinho direito do seu vídeo (SBT que me aguarde!). Pois bem, como eu ia dizendo. Quem sou eu pra falar de amor? Eu sou uma vítima desse que é ao mesmo tempo o melhor e o pior dos sentimentos. Como já disse alguém em uma música que eu não me recordo, amor é bom só quando é a dois.
Poisé, meus dois leitores, eu fui afetado por esse tal "fogo que arde sem doer" que disse aquele poéta que sobrevive alegre e pulsante na minha apostila de literatura.
O amor não é o que acontece quando dois olhares se cruzam, e sim quando dois olhares olham na mesma direção. Porém, por algum paradoxo da minha psyche, o tal vírus do amor (também chamado de paixonietzsche) atacou-me só, não havia um outro olhar na mesma direção. E assim fiquei, com o olhar vago na direção do horizonte, defronte ao casal feliz que me assombrava os sonhos à noite. Isso se chama amor não correspondido.
Um derivado do amor é a paixão. Paixão daí sim é quando dois olhares se encontram. Brota aquele desejo de se ver, de estar junto. Essa geralmente é à dois. Geralmente não, sempre. Pois se é à dois é paixão, se é a um é amor, e se for paixão à um é obsessão.
Essa tal paixonietzsche já me rendeu belas músicas bem elogiadas pelos que me acercam, eu prometo. Prometo! Que até semana que vem posto aqui o link para a música gravada por Lony Rosa em 2005, que leva o nome de "Teu Sorriso". Só preciso passar ela para o computador.
Acho que vou terminar minha seugnda postagem inútil porque eu tenho que ler mais um romance realista extremamente descritivo chamado "O Cortiço". Desejem-me sorte.
Cruj Cruj Tchau.

domingo, novembro 2

Boas-vindas a mim mesmo.


Olá caros não-leitores do meu mais novo blog não-útil.
Há tempos venho com a idéia de criar um blog pra expressar minhas idéias e opiniões mais perversas e fúteis. Então, por fim, deu-se a tal data histórica em que eu venci a procrastinação que me rege e resolvi fazer o tal blog inútil.
Aqui postarei textos críticos, tais como crônicas ou qualquer coisa, e também contarei algumas novidades inúteis sobre mim mesmo e sobre os que me cercam. Também vou postar algumas imagens de minha autoria ou que eu achei no google. :D
Ninguém vai ler esse blog mesmo, e aliás, eu sou ninguém, então esse será só mais um blog destinado ao próprio blogueiro, se depender do meu otimismo atual.
Então vou terminar meu primeiro post por aqui e vou tratar de continuar minha incansável batalha anti-procrastinática, se é que existe esse termo, e vou fazer uma redação sobre "valores morais na sociedade atual".
Se ficar inútil eu posto aqui pra ninguém ler.
Prazer, ninguém.
Cruj Cruj Tchau.