segunda-feira, novembro 17

A que ponto chegamos?





















Teve um déjà vu ao ler a frase-título?
Poisé, essa frase é deveras conhecida pelo fato de ser utilizada quase sempre que alguém vê-se na obrigação de fazer um texto crítico de qualquer natureza. Geralmente utilizada para expressar descontentamento com o estado social do meio onde se vive, é uma frase mais comum que os bordões zorra totalísticos. Falando neles, vamos ao próximo parágrafo.
Então, meu caros não-leitores do meu blog não-útil e não-visitado, vou demonstrar meu descontentamento também, de modo que eu possa usar a famosa frase-título.
Dia desses foi-me requisitada uma redação tendo como tema "Os valores morais na sociedade atual", ou algo no gênero. Depois de muito tempo pensando, não me veio à cabeça nenhuma idéia de valor moral. Não que eu não os tenha, mas nunca havia antes pensado sobre o que são e qual seu estado nas nossas vidas atualmente.
Em consulta ao pai dos burros (foi um Circulinho duodecaênio) tive a definição de valor como qualidade; importância e de moral como relativo aos princípios do bem e do mal. Bem e mal? O que seria bem e mal? Pensei com meus borbotões (no melhor estilo Saltimbancos). Será mesmo que os conceitos que temos de o que faz bem e o que faz mal são mesmo verdadeiros? E será que há algum verdadeiro? São muitas perguntas, que deixo em aberto para que suas cabeças ocupem-se com pensamentos úteis ao invés de lerem textos de ninguém, que por sinal sou eu.
Mas bem, acabei não fazendo a redação pois tinha um limíte de 25 linhas e eu não faço a mínima idéia de como escrever o que penso nesse limite. Como diria aquela expressão engraçada de propaganda de Elma Chips, eu viajo muito na batatinha.
Voltando aos valores morais, volte ao resto da frase-tema. "Na sociedade atual". Quais seriam as tais qualidades relativas aos princípios de bem e mal na nossa sociedade? Pois lhes-digo, caros não-leitores, que na minha opinião, não há valores morais públicos. Temos apenas valores morais pessoais ou no máximo familiares, das poucas famílias tradicionais que nos restam com a maldita concentração populacional urbana.
Hoje em dia cara um pensa de um jeito, cada um valoriza o que acha certo e reprime o que acha errado. Não que isso não seja bom, aliás é ótimo ter essa liberdade. Porém nem sempre essa liberdade é boa. Como diria Sara: "Não confunda liberdade com libertinagem, liberdade é andar por entre as leis.", se é que me recordo bem.
O que acontece então é que estamos, alguns de nós, confundindo os dois termos. Estamos desgraçando o resquício de controle moral e respeito que nos resta, dando espaço à violência e à corrupção.
Por outro lado temos os conservadores que desprezam qualquer tipo de liberdade, confundindo-a com libertinagem. E sabe como os tais conservadores demonstram sua aflição e desgosto diante das idéias de liberdade (e não as libertinas)? Eles desprezam os livres e escrevem textos críticos geralmente utilizando-se, para expressar seu descontentamento para com a sociedade atual, de uma frase bem conhecida.

A QUE PONTO CHEGAMOS?

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