segunda-feira, dezembro 1

Sobre Donatellos, Donatellas, Floras e Faunas.


Olá caros não-leitores. Agora mais que nunca esse adjetivo esta sendo corretamete utilizado visto que ninguém mais aparece por aqui há tempos. Daqui a pouco meu blog vai parar na lista de blogs em extinção, seja lá como se escreve isso.
Estou eu atualmente na minha última (e tediosa) semana de aula. Calor infernal, sala lotada, resultados finais. Ô beleza, agora é só esperar dia 18 pra fazer a recuperação e sair do colégio de uma vez por todas.
Bem, sem mais delongas, vamos às milongas, digo, ao assunto. Diante de tal tédio que me traz esta semana, encontrei-me hoje vendo novela. Poisé, eu, vendo novela. Novela é uma coisa meio estranha. Novela é o resultado da idéia de um diretor gordinho e barbudo fanático por religião e que tem sonhos eróticos. Juntando todas suas idéias o diretor gordinho e barbudo coloca-as no papel e manda para uma empresa que faz seus sonhos eróticos virarem realidades. Nunca soube de onde a tal empresa tira dinheiro e porque diabos ela constrói casas falsas e sem teto pra depois destruir tudo, mas isso não vem ao caso.
Geralmente é assim. Temos uma moça muito inocente que mora com seus pais e tem duas irmãs, uma santa e outra do mal. Certo dia a tal moça vai dar uma volta na praça e esbarra com um jovem simpático e de topete extremamente ajeitado, que inutilmente tenta se comunicar com a moça, mas eles apenas permanecem imóveis, se entreolhando, e ambos balbuciam algumas palavras ininteligíveis e vão para suas casas onde passam a noite inquietos pensando no seu amor inocentemente.
Os dois se encontram mais e mais vezes até que acabam se beijando e ficam juntos vivendo momentos utópicos e românticos com falas decoradíssimas e de amor mui profundo. Eis que surge um vilão invejoso que quer a todo custo acabar com a relação dos dois.
O tal vilão faz de tudo para separá-los. Bola planos superinteligentes que dão supercerto e ele acaba ganhando. Porém num último gesto, no ápice do auto-sacrifício para o bem do amor divino. O mocinho toma coragem e acaba com o violão, digo, vilão, e manda-o para as profundezas do inferno.

Eu não vejo graça nisso, é tão igual, é tudo igual, é sempre igual. Sempre torci para os violões, digo, vilões. São eles quem usam a lógica para atingirem objetivos inatingíveis. Mas são sempre culpados.
Na vida não há vilões nem mocinhos. Na vida somos todos vilões, somos todos mocinhs e mocinhas. Não há tal maldade presente nos sonhos eróticos dos gordinhos barbudos, assim como não há tal inocência.
Se algum dia vocês virem alguém tão santo quando a Aspirante à Tartaruga Ninja (Donatella), ou tão mal quanto a Couve-Flora. Aí sim vocês podem me chingar e me acusar de rejeitar a sublime existência do amor verdadeiro.
Eu acredito no amor pois amo. Mas esses gordinhos barbudos não me enganam. Enganam?
Cruj Cruj Cruj Tchau.

E não esqueçam de assistir às desventuras em série de Donatela, a solfredora.
"Você quis dizer: Donatello "

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