terça-feira, dezembro 23

Vou-me embora para Pasárgada. Ou qualquer outro local, Persa ou não.


Olá caros leitores que não me estão lendo. Sim, achei uma nova definição para não-leitores. Mas é a primeira que única vez que vou utilizar-me de tal adjetivo.

Digo primeira e única pois não creio que escreverei-lhes mais neste blog. Nem em outros. Motivo? Mamãe me ama muito e quer que eu dedique tempo integral ào nosso amor. Então passarei agora meus dias cortando grama, juntando folhas, cuidando do jardim, da louça, e nas horas de lazer vou assistir mais à novelas, telejornais e aos fins de semana vou ao shopping olhar coisas que não posso comprar e vou ir a missa aos domingos. Sim, sim. Já que lhes escrevo atualmente do notebook de mamãe pois meu computador encontra-se dentro do roupeiro e como decidi mudar de vida tenho de vendê-lo o mais cedo possível.

Então, caros leitores, não esperem que eu lhes escreva muito em breve, pois vou assassinar o resquício de criatividade e crítica que ainda me resta. Posso voltar aqui alguns dias, algumas semanas, alguns meses. Mas se chegar à este último poder deletar meu blog de seus favoritos, se é que ele está lá.

Muti brevemente estarei comemorando o nascimento de Jesus, e dois dias após, o meu. Então me desejem felicidades, e deixo aqui minha despedida enquanto procuro uma imagem para postar como acompante desta postagem.

Cruj Cruj Cruj Tchau.

quinta-feira, dezembro 18

Pseudocultura Vigoréxica


Olá senhores não-leitores.
Dia desses falei que estava lendo um folheto do "Natal Luz" e deu-me uma vontade de críticar a cultura da sociedade atual. Bem, além de render-me um belo post nonsense e nada inspirado, render-me-á um pouco de crítica publicável neste post que escrevo-lhes agora.
Bem, o caso é que, estava eu lendo o tal folheto e dei-me conta de tamanha decadência na programação cultural vem minha região sofrendo. Passando meus olhos pelo bonitinho folheto fui lendo a programação. Chegada do Papai Noel, missa de não sei o que, show de não sei quem...
Chegada do Papai Noel? Sim, claro, vamos ver o bom velhinho gastar o nosso dinheiro dos impostos descendo do helicóptero e subindo os gastos com presentes para celebrar o aniversário de um árabe baixinho e cabeludo. Falando nisso, sempre pensei que se Jesus existe ele deve estar "puto dos cornos" com os católicos. Ponhamse no lugar do cristão: Todo ano, no dia do seu aniversário (ou seja lá o que for que comemoram) as pessoas enchem as lojas para comprar milhares, milhões, bilhões de presentes. Ótimo! Magnífico! Você é a pessoa mais importante do globo terrestre! Mas veja bem, ao fim do dia, elas dão os presentes umas às outras. Como é?
Voltando ao assunto, após gastar o salário dos 8 meses de trabalho árduo (ou não), é uma alegria só, todos celebram a vida de cristo nosso rei. Temos feriado, dia de folga, ganhamos um monte de presente supostamente vindos do velho obeso mórbido e barbudo com as cores da coca-cola que desce pela nossa churrasqueira.
Pois bem, após celebrarmos várias missas en honra ao todo poderoso, vamos ao centro da cidade, pedir presentes ao papai noel, passear no trem dos escoteiros e assistir à shows de bandas que tocam os mais novos sucessos populares pseudoculturais com letras maliciosas e/ou pornográficas. Em geral é assim que comemoramos o natal. Fim de ano não é nada muito ignorante, por isso ovu deixar com vocês a opinião sobre tal evento.
Diante de tais eventos que acontecem todo ano e ao som de umas músicas emogélicas na Assembléia de Deus aqui ao lado, só me vêm à cabeça um pensamento:
Estamos voltando ao tempo em que a massa muscular é mais potente que a massa cinzenta.

Passar bem.
Cruj Cruj Cruj Tchau.

P.S.: Nenhum panfleto de natal foi ferido durante a produção deste post.

domingo, dezembro 14

Superman versus Hiperlink



Olá queridos (melhor que caros, que aliás não concorda semânticamente já que nem pagando vocês leriam isso) não-leitores do meu blog não-útil e não-popular.
Ao longo do tempo certos eletrodomésticos, eletroeletrônicos e outros eletro's foram mudando radicalmente o modo de vida das gerações que presenciaram a ascenção dos mesmos. Seu bisavô jogava bola-de-gude quando tinha tempo de folga depois de trabalhar na lavoura, seu avô jogava peão ouvindo o rádio, seu pai brincava de playmobil e via tevê quando podia, e você?
Neste início de século estamos numa das transições que eu citei acima. Eu não sabia mexer no computador aos 8 anos de idade, passava as horas vagas jogando futebol ou vendo Tom e Jerry na tevê.
Hoje em dia quando vou quinzenalmente visitar meu pai aos fins de semanas me deparo com a seguinte situação: Meu pai assistindo tevê e meu irmão de 4 anos me pedindo pra assistí-lo jogando GTA, ou The Sims 2, e de vez em quando dar uma olhada no seu orkut, chegar seu buddy poke.

Onde estão os heróis os quais minha geração tanto aclamou ao assistir seus épicos filmes, cartoons, ou até jogos no então emergente PlayStation 1? Onde estará a diversão que tinham nossos pais e avós em brinquedos materiais, e muitas vezes simples, não apenas digitais como se vê hoje em dia? Quem será que está errado, os antigos que defendem as fontes de lazer educativo e saudável ou as novas gerações que defendem a globalização e o avanço tecnológico nos brinquedos infanto-juvenis?

Outra questão é a terceira idade nas redes de relacionamento, mas isso eu vou tratar eu um outro texto, num futuro próximo (talvez futuro do pretérito, se não lerem aqui) se minha procrastinação permitir. O texto vai chamar-se algo como "Terceira geração e a terceira idade", ou não?

domingo, dezembro 7

Criticativo do Presente Imperfeito.


Olá caros não-leitores.
Hoje estava eu lendo a programação cultural do "Natal Verão" quando me veio à cabeça aquela idéia chata de escrever aqui no blog criticando. Adoro fazer isso, as pessoas às vezes me perguntam porque eu faço isso, por eu sou tão desagradável. Bem agradáveis elas, mas vamos em frente. Eu faço isso, eu critico, eu falo mal, não porque sou um socialista revoltado ou um desempregado que passa fome. Mas porque eu não simplismente me contento com a situação atual e sigo minha pacata vida deixando passar tudo. Eu busco à fundo os podres da humanidade/sociedade. Eu sei que os textos geralmente ficam uma merda, mas é isso que é a sociedade em que vivemos, nossos hábitos, é tudo um grande monte de bosta verde e fedida. Parece engraçado, parece nojento, mas é a verdade.
Não falo que tudo é imperfeito, não. Temos coisas ótimas no nosso comportamento e na nossa sociedade. Mais exatamente, temos resquícios de coisas boas. Mas, nada é perfeito, e nada é completamente certo assim como nada é completamente errado. Como diria Paulo Coelho: "até um relógio parado acerta duas vezes ao dia".

Afinal, ninguém é perfeito.
Prazer, Sr. Ninguém.


p.s.: Estive pensando (Steve Wonder) em mudar o endereço do blog para algo menos inútil e mais legal, o que acham? Vou pensar em alguma coisa e faço uma enquete.
Comentem aqui.

segunda-feira, dezembro 1

Sobre Donatellos, Donatellas, Floras e Faunas.


Olá caros não-leitores. Agora mais que nunca esse adjetivo esta sendo corretamete utilizado visto que ninguém mais aparece por aqui há tempos. Daqui a pouco meu blog vai parar na lista de blogs em extinção, seja lá como se escreve isso.
Estou eu atualmente na minha última (e tediosa) semana de aula. Calor infernal, sala lotada, resultados finais. Ô beleza, agora é só esperar dia 18 pra fazer a recuperação e sair do colégio de uma vez por todas.
Bem, sem mais delongas, vamos às milongas, digo, ao assunto. Diante de tal tédio que me traz esta semana, encontrei-me hoje vendo novela. Poisé, eu, vendo novela. Novela é uma coisa meio estranha. Novela é o resultado da idéia de um diretor gordinho e barbudo fanático por religião e que tem sonhos eróticos. Juntando todas suas idéias o diretor gordinho e barbudo coloca-as no papel e manda para uma empresa que faz seus sonhos eróticos virarem realidades. Nunca soube de onde a tal empresa tira dinheiro e porque diabos ela constrói casas falsas e sem teto pra depois destruir tudo, mas isso não vem ao caso.
Geralmente é assim. Temos uma moça muito inocente que mora com seus pais e tem duas irmãs, uma santa e outra do mal. Certo dia a tal moça vai dar uma volta na praça e esbarra com um jovem simpático e de topete extremamente ajeitado, que inutilmente tenta se comunicar com a moça, mas eles apenas permanecem imóveis, se entreolhando, e ambos balbuciam algumas palavras ininteligíveis e vão para suas casas onde passam a noite inquietos pensando no seu amor inocentemente.
Os dois se encontram mais e mais vezes até que acabam se beijando e ficam juntos vivendo momentos utópicos e românticos com falas decoradíssimas e de amor mui profundo. Eis que surge um vilão invejoso que quer a todo custo acabar com a relação dos dois.
O tal vilão faz de tudo para separá-los. Bola planos superinteligentes que dão supercerto e ele acaba ganhando. Porém num último gesto, no ápice do auto-sacrifício para o bem do amor divino. O mocinho toma coragem e acaba com o violão, digo, vilão, e manda-o para as profundezas do inferno.

Eu não vejo graça nisso, é tão igual, é tudo igual, é sempre igual. Sempre torci para os violões, digo, vilões. São eles quem usam a lógica para atingirem objetivos inatingíveis. Mas são sempre culpados.
Na vida não há vilões nem mocinhos. Na vida somos todos vilões, somos todos mocinhs e mocinhas. Não há tal maldade presente nos sonhos eróticos dos gordinhos barbudos, assim como não há tal inocência.
Se algum dia vocês virem alguém tão santo quando a Aspirante à Tartaruga Ninja (Donatella), ou tão mal quanto a Couve-Flora. Aí sim vocês podem me chingar e me acusar de rejeitar a sublime existência do amor verdadeiro.
Eu acredito no amor pois amo. Mas esses gordinhos barbudos não me enganam. Enganam?
Cruj Cruj Cruj Tchau.

E não esqueçam de assistir às desventuras em série de Donatela, a solfredora.
"Você quis dizer: Donatello "