Tu és, ó minha amada,
Meu exagero [de romantismo]
E entre nós há um abismo
Coberto em tua mão gelada.
Teus braços são galhos tristes
[Da árvore que o outono castiga]
Foges ao vento antes que eu consiga
Fazer-te parte de tudo o que existe.
Tua face é tão lisinha!
Que quanto te olhas no espelho
Divide o azul [do mar vermelho]
Faz de águia a andorinha.
Teus cabelos picotados
Demonstram em si a rebeldia
[E exalam uma alegria]
Tão estranha aos mal-amados.
Por fim então, ó minha amada,
Só uma simples coisa te peço,
Que não termines tu onde começo
E sigamos [juntos] a tortuosa estrada,
Ao amor, e não ao sucesso.
neoqeav
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Um comentário:
bonito o/
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